Apesar do mundo estar mais consciente sobre a importância da saúde mental, o número de adoecimentos nesse campo tem se multiplicado assustadoramente, sendo a solidão uma das condições mais preocupantes, segundo uma avaliação do médico psiquiatra dr. Daniel Amem.
O dr. Daniel endossou uma declaração feita pelo cirurgião Vivek Murthy, feita à emissora ABC News, onde ele disse acreditar que a solidão, atualmente, constitui um problema maior até mesmo do que a obesidade, tendo um potencial de adoecimento semelhante ao de quem fuma 15 cigarros por dia.
Quem enfrenta a solidão, segundo o especialista, possui maior risco de desenvolver problemas como depressão e ansiedade, além de ideação suicida.
“Esta é uma questão com a qual muitas pessoas lutam nas sombras porque se sentem envergonhadas. E isso também era verdade para mim”, disse Vivek. De acordo com o cirurgião, ele mesmo conseguiu evitar esse problema ao ser alertado pela esposa, que estava preocupada com o seu isolamento social.
Jovens afetados
Para o dr. Daniel, os jovens são os mais afetados pela solidão atualmente. Isso se deve, em parte, à virtualização das relações. Isto é: a substituição dos relacionamentos físicos pelos virtuais.
“Eu realmente acredito que estamos no início de uma onda de problemas cerebrais e de saúde mental em jovens, e é porque estamos mais desconectados do que nunca, desconectados de nossas próprias famílias, porque quando as pessoas estão juntas, seus rostos estão enterrados em seus aparelhos”, alerta Daniel.
O psiquiatra conclui dizendo que a Igreja pode ser o melhor ambiente para se combater a solidão, tendo em vista a socialização que ela proporciona. O médico, então, recomenda o envolvimento com o meio religioso em geral.
“Envolva-se. Envolva-se com grupos”, disse ele, lembrando que isso se tornou ainda mais urgente após a pandemia do novo coronavírus. “Temos de voltar. E realmente, não há melhor lugar para resolvê-lo do que a igreja”, conclui o psiquiatra, segundo a CBN News.