Desde a infância as pessoas têm diferentes opiniões, seja por simples coisas do dia a dia ou até questões mais sérias, temas que precisam de maior aprofundamento e reflexão. Até mesmo dentro da igreja surgem desacordos ou entendimentos diferentes sobre determinados assuntos. E um dos pontos que torna a comunhão tão importante é esse mesmo: através desses debates e conversas, um pode ajudar o outro a enxergar com maior clareza.

As divergentes opiniões no livro de Jó 

No livro de Jó, é relatado que ele e seus amigos tinham opiniões diferentes sobre o motivo das tragédias que acometiam a vida dele. Elifaz, por exemplo, tinha certeza que o amigo havia cometido algum grave pecado e, por isso, estava sendo castigado, como está descrito em Jó 22. Por outro lado, Jó estava convicto de sua inocência e acreditava que até Deus seria a seu favor. 

No decorrer do livro, os quatro amigos de Jó apresentados, colocam suas opiniões diferentes e divergentes. Ao ler alguns parágrafos, podemos até imaginá-los exaltados, cada um defendendo seu ponto de vista. Mas, apesar disso, também é notável que ali existia respeito mútuo. 

Cada um ouvia o outro com atenção, por vezes, era quase um discurso a colocação de cada um, mesmo assim, um esperava a vez do outro falar. Até mesmo Eliú, o mais jovem, teve sua vez. Ele esperou a vez dos mais velhos, mas no final também foi ouvido.

Amar os outros é conviver com as divergências 

Em João 15:12, Jesus deixa o maior mandamento que é: “Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”. Isso não quer dizer que temos que concordar com tudo ou em tudo, até mesmo porque estamos em um mundo onde algumas divergências são entre o que é certo ou errado. Mas como novas criaturas devemos saber ouvir e ter amor pelo outro, o que implica em paciência para explicar o seu ponto de vista também. 

É natural nos tempos em que vivemos ver todos com uma opinião bem formada. Tenho certeza que se você abrir as suas redes sociais, seja qual for, irá se deparar com várias publicações extremamente opinativas, o que não é um problema, mas como lidamos com essa situação pode ser um problema. Então, te pergunto, você já deixou de amar o outro por divergência de pensamentos? Leia 1 Coríntios 13 para lembrar o que a Palavra de Deus descreve como amor. 

Divisão do corpo de Cristo

Agora, voltando para dentro das igrejas, você já viu alguém em sua congregação passar a ter ressentimento do outro por uma divergência de pensamento? Provavelmente sim, eu mesma já presenciei esse tipo de situação, mas não é assim que deveríamos lidar com as nossas diferenças, até porque a divisão do corpo de Cristo enfraquece a igreja e as pessoas, que acabam por se tornar mais vulneráveis aos ataques do inimigo. 

Em Mateus 12: 25-26, Jesus mostra o prejuízo que causa a divisão: “Jesus, disse: Todo reino dividido contra si mesmo ficará deserto, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não substituirá. Se Satanás expele a Satanás, dividido está contra si mesmo; como, pois, subsistirá o seu reino?”.

Conclusão

A primeira arma para lidar com as divergências é o amor, aquele que ama o próximo não ataca, mas sim ensina. Como está escrito em 1 Coríntios 13, o versículo que indiquei mais acima: “O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade”. 

Então, o que posso dizer é que para lidar com as divergências devemos nos revestir do amor, buscando ser pacificadores. Dessa forma, poderemos ouvir uns aos outros e agregar na vida do outro, ensinando e exortando de maneira sábia. Onde há muito barulho, e aqui digo metaforicamente, ninguém é ouvido e consequentemente nada será acrescentado. 

Deus te abençoe!