Todas as faixas etárias, de crianças a idosos, da população do Distrito Federal registraram aumento no peso corporal nos últimos anos. Os dados aparecem no Boletim Informativo do Estado Nutricional no DF e foram gerados pelo Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan).
“Diabetes, obesidade e outras doenças relacionadas ao excesso de peso chamam a atenção para os cuidados com uma alimentação saudável”Carolina Gama, gerente de Serviços de Nutrição
“É preocupante! O aumento do sobrepeso e da obesidade é observado nos últimos anos em todo país e no Distrito Federal não é diferente. Diabetes, obesidade e outras doenças relacionadas ao excesso de peso chamam a atenção para os cuidados com uma alimentação saudável”, alerta a gerente de Serviços de Nutrição, Carolina Gama.
Ao longo dos últimos anos, foi possível observar um consumo elevado de bebidas adoçadas e alimentos ultraprocessados em diferentes faixas etárias da população acompanhada pela Atenção Primária à Saúde do DF. Segundo Carolina, a alimentação de toda a população deve ser baseada em comida in natura e minimamente processada para a prevenção de doenças crônicas.
“Frutas, legumes e verduras são exemplos desse grupo de alimentos. Eles são compostos por vitaminas, minerais, antioxidantes, fibras e compostos bioativos, que exercem funções protetoras contra o desenvolvimento de doenças”, explica.
Grávidas
De acordo com o Boletim Informativo de Consumo Alimentar no Distrito Federal, houve diminuição na ingestão de frutas e verduras. As gestantes do Centro-Oeste apresentaram um baixo consumo de frutas, tendo o DF o menor percentual. E, em comparação ao Centro-Oeste (87%) e ao Brasil (81%), as grávidas do DF relataram um maior consumo de alimentos ultraprocessados (92%).
“Para gestantes, as frutas e verduras têm nutrientes fundamentais para a formação e o desenvolvimento do bebê em todas as etapas, da concepção ao nascimento”, afirma a gerente.
Adolescentes
Em relação à população adolescente do DF, observa-se um baixo consumo de frutas, quando comparado à região Centro-Oeste e ao Brasil, inclusive menor do que os demais ciclos de vida, mostrando que apenas 15% dos adolescentes têm esse hábito alimentar.
Quanto às verduras e/ou legumes, um menor consumo também foi identificado no DF (62%), quando comparado à região Centro-Oeste (78%) e ao Brasil (71%). Paralelamente, o consumo de alimentos ultraprocessados pelos adolescentes do DF é semelhante ao dado regional e maior que o nacional.
Os boletins informativos podem ser acessados no site da Secretaria de Saúde.
*Com informações da Secretaria de Saúde