O Brasil abriu 278.639 vagas de trabalho com carteira assinada em agosto, mostram dados revelados nesta quinta-feira (29) pelo Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência.
O resultado, que corresponde ao oitavo mês seguido com mais contratações do que demissões no mercado formal de trabalho, é fruto de 2.051.800 admissões e 1.773.161 desligamentos formais realizados no período.
O resultado mostra uma retomada da força do mercado formal de trabalho, com o maior saldo positivo de contratações desde fevereiro (+341.673 postos). Em julho, houve uma desaceleração, com as admissões em número menor do que as dos meses de maio e junho.
Com o novo saldo positivo de vagas de trabalho, o estoque de vínculos celetistas na economia nacional alcançou 42.531.653, o que representa uma variação de 0,66% em relação ao saldo apurado no mês de julho.
No acumulado do ano de 2022, foi registrado saldo de 1.853.298 novos empregos com carteira assinada, com 15.653.839 contratações e 13.800.541 desligamentos. Os números foram ajustados até o mês de agosto, de acordo com o Ministério do Trabalho.
A sequência positiva do mercado formal de trabalho no Brasil surge em linha com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que mostram o desemprego no menor nível desde 2015 (9,1%), com 9,9 milhões de pessoas sem colocação profissional no trimestre encerrado no mês de julho.
Setores
Em agosto, os dados apontam para saldo positivo de contratações em todos os cinco setores econômicos analisados, com destaque novamente para o ramo de serviços, responsável pela abertura de 141.113 postos formais.
O saldo positivo foi distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+61.409 postos com carteira assinada).
Também aparecem em destaque as atividades de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (+38.061 postos), alojamento e alimentação (+16.584 vagas) e transporte, armazenagem e correio (+13.393 vagas), alojamento e alimentação (+14.118 cargos).
Aparecem ainda com mais contratações do que demissões no mês passado a indústria (+52.760 postos), o comércio (+41.886 empregos), a construção (+35.156 vagas) e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+7.724 cargos).