Mais de dois meses se passaram depois que uma nova lei entrou em vigor na China, tornando ilegal tanto a criação quanto o compartilhamento de qualquer conteúdo religioso online.

As restrições cada vez mais rígidas por parte do governo chinês, no entanto, está impulsionando a criatividade dos cristãos para que as reuniões não sejam extintas.

Eles encontraram novas maneiras de comunicação no WeChat — um aplicativo de mensagens para smartphones, amplamente usado no país.

“Os cristãos brincam com palavras em linguagem codificada, dessa forma evitam usar palavras-chave sensíveis para que suas mensagens não sejam banidas e nem qualificadas como conteúdo ilegal”, explica um colaborador da Portas Abertas.

“Não vamos deixar de nos reunir”

Com tais estratégias, os cristãos chineses ainda se reúnem virtualmente. Conforme o colaborador, eles têm usado várias ferramentas e plataformas de comunicação de forma intercambiável.

“Lidando com a censura, estamos tentando ficar mais vigilantes com as escolhas de nossas palavras”, disse ao revelar que, recentemente, em algumas províncias, os pequenos cultos online da igreja foram interrompidos e outros eliminados totalmente.

“Essas medidas nos preocupam, pois as consequências são ambíguas. O acesso a recursos espirituais e conexões com outros irmãos e irmãs estão diminuindo. Embora ainda haja acesso, vemos que está ficando cada vez mais escasso. Porém, não deixaremos de nos reunir”, disse outro parceiro da Portas Abertas.

“Orem pelos nossos irmãos chineses”

Conforme a Radio Free Asia, há relatos de que no mês de março “as autoridades chinesas lançaram um programa de treinamento em massa, para que os censuradores apagassem todo conteúdo religioso e não governamental da internet”.

Essa informação não foi confirmada na região onde estão os contatos da Portas Abertas, mas eles disseram que os treinamentos realmente podem estar acontecendo em outras partes do país.

A organização pede orações pelos cristãos chineses e, particularmente, pelos pastores e líderes da Igreja na China.

“Orem para que eles encontrem maneiras de se comunicar uns com os outros. Que os cristãos estejam sempre um passo à frente dos esquemas das autoridades chinesas que monitoram a Igreja de Cristo”, pediu.

“Vamos orar corajosa e ousadamente para que o governo chinês abandone suas proibições e permita a liberdade de expressão e religião em seu país. Que os cristãos possam se reunir abertamente e sem medo”, concluiu.

Fonte: Guia-me com informações de Portas Abertas EUA