Mesmo enfrentando perseguição constante e vivendo sob o risco de novos ataques, cristãos na Nigéria se reuniram recentemente para louvar a Deus, em uma conferência, no estado de Plateau.

A International Christian Concern (ICC), organização cristã que monitora a perseguição no mundo, recebeu um vídeo, que mostra os crentes nigerianos adorando no evento de oração (Vídeo no final da matéria).

“Esses crentes têm uma alegria profunda que não pode ser roubada. Isso traz à mente uma passagem de Habacuque em que o profeta expressa seus louvores ao Senhor, apesar da destruição que se desenrola ao seu redor”, afirmou a organização.

As comunidades cristãs na Nigéria se tornaram alvos constantes de ataques de radicais Fulani, devido a sua fé.

O país africano foi o lugar onde mais cristãos morreram em 2021, registrando 4.650 mortes, segundo o relatório da Portas Abertas. O número de cristãos sequestrados também foi maior na Nigéria, com mais de 2.500.

A Nigéria ficou atrás apenas da China no número de igrejas atacadas, com 470 casos, segundo a Portas Abertas.

Ataques de fulanis

Com milhões na Nigéria, os Fulani predominantemente muçulmanos compreendem centenas de clãs de muitas linhagens diferentes, alguns aderem à ideologia islâmica radical, observou o Grupo Parlamentar de Todos os Partidos do Reino Unido para a Liberdade Internacional ou Crença (APPG), em um relatório recente.

“Eles adotam uma estratégia comparável ao Boko Haram e ISWAP [Província do Estado Islâmico da África Ocidental] e demonstram uma clara intenção de atingir os cristãos e símbolos potentes da identidade cristã”, afirma o relatório da APPG.

Líderes cristãos na Nigéria disseram acreditar que os ataques de pastores às comunidades cristãs no Cinturão Médio da Nigéria são inspirados por seu desejo de tomar à força as terras dos cristãos e impor o Islã, pois a desertificação tornou difícil para eles sustentar seus rebanhos.

Cristã morta por uma mensagem de Whatsapp

Em maio deste ano, o assassianto brutal da estudante cristã Deborah Samuel em Sokoto chocou o mundo. A jovem de 25 anos foi espancada e queimada até a morte por seus colegas muçulmanos, sob a acusação de blasfemar contra Maomé.

Uma simples mensagem de Whatsapp, dizendo “Jesus Cristo é o maior. Ele me ajudou a passar nos exames” a levou à morte.

“A situação na Nigéria continua a se deteriorar. O fracasso total do governo nigeriano em reinar no extremismo criou um ambiente em que os extremistas se sentem justificados para atacar os cristãos”, declarou David Curry, CEO da Portas Abertas.

Na Lista Mundial da Perseguição de 2022 dos países onde é mais difícil ser cristão, a Nigéria saltou para o sétimo lugar, sua classificação mais alta de todos os tempos, do 9º lugar no ano anterior.

Folha Gospel com informações de Guia-me International Christian Concern