O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou a morte de dez pessoas no desabamento de uma rocha no Lago Furnas, em Capitólio, Minas Gerais. Elas ocupavam a mesma embarcação, uma lancha chamada “Jesus”, que foi atingida em cheio pela rocha.

Outras três embarcações também foram atingidas, direta ou indiretamente. Além das dez mortes, mais de 30 pessoas ficaram feridas.

A Marinha e a Polícia Civil de Minas Gerais estão abrindo inquéritos para investigar as circunstâncias que levaram a essa tragédia. Na avaliação da geóloga Joana Paula Sanchez, professora da Universidade Federal de Goiás, o local já apresentava indícios de que um desmoronamento desses estava prestes a ocorrer.

“Realmente podia ter sido evitado, se houvesse um mapeamento na zona. Acontece, que nesse local, são rochas quartzíticas, rochas metamórficas, mas muito transformadas, muito fraturadas, muito quebradas. Esse local que cedeu, cedeu justamente em uma dessas fraturas que foi preenchida por muito solo e muita água. Com esse acumulam de água das chuvas, que aumentou o peso e ocorreu esse deslocamento do bloco todo.”

A Defesa Civil já havia advertido para o risco de chuvas intensas no estado. Depois do acidente, os passeios de barcos turísticos no lago de Furnas foram suspensos por questões de segurança.

A Polícia Federal colocou à disposição da Polícia Civil de Minas Gerais o apoio de papiloscopistas e de peritos criminais, para ajudar no trabalho de reconhecimento dos corpos.

Edição: Ana Lúcia Caldas/ Fabíola Sinimbú