O desemprego segue em queda no Distrito Federal e diminuiu de 19,6% para 15,9%, entre os meses de abril de 2021 e de 2022. É o que aponta a Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF (PED-DF), levantamento mensal feito em parceria entre a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
A pesquisa também revelou que, no mesmo período, a taxa de participação – proporção de pessoas com 14 anos ou mais, empregadas ou em busca ativa de trabalho – diminuiu, ao passar de 65,1% para 64,3%.
“O registro de 15,9% para a taxa de desemprego de abril aponta uma queda no desemprego não só no último ano; mas, antes disso, os últimos dados que mostravam uma taxa de desemprego abaixo de 16% foram em janeiro de 2016. Esse resultado mostra um processo de recuperação econômica do DF, de recuperação do mercado de trabalho”, explica a diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan, Clarissa Jahns Schlabitz.
“Quando olhamos a pesquisa por grupo de renda, todos eles mostraram queda; e, quando olhamos os segmentos que mais têm contratado, o destaque é o setor de serviços”Clarissa Schlabitz, diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas da Codeplan
Nos últimos 12 meses, o contingente de desempregados diminuiu, como resultado da criação de 67 mil postos de trabalho e do aumento de profissionais que entraram no mercado, contabilizando 7 mil pessoas que passaram a compor a chamada População Economicamente Ativa (PEA).
O crescimento no setor de serviços e o aumento do assalariamento nos setores público e privado com carteira assinada foram os principais impulsionadores do emprego no DF. Em menor proporção, o trabalhador autônomo colaborou para esse volume. Em relação a março de 2022, a taxa de desemprego total diminuiu de 17% para 15,9%. A taxa de participação retraiu de 64,9% para 64,3%.
“A gente vê uma recuperação sustentada no longo prazo nessa taxa de desemprego. Quando olhamos a pesquisa por grupo de renda, todos eles mostraram queda; e, quando olhamos os segmentos que mais têm contratado, o destaque é o setor de serviços”, detalha Clarissa Schlabitz.
Em relação a abril de 2021, o número de ocupados aumentou 5,1%, chegando a 1,386 milhão de pessoas em abril de 2022. O setor de serviços foi o grande responsável – subiu 9,1% –, enquanto o segmento da administração pública aumentou 19,2% em igual período.
Queda do desemprego
No mês de abril de 2022, o contingente de desempregados foi estimado em 262 mil pessoas – 20 mil a menos que o observado no mês anterior, resultado da redução no número de pessoas em desemprego aberto (-8,1%, ou -20 mil), visto que não variou o número daqueles em desemprego oculto (pelo trabalho precário ou pelo desalento).
O declínio da taxa de desemprego total, de 17,0% para 15,9%, refletiu a retração da taxa de desemprego aberto, que passou de 14,9% para 13,8%, já que permaneceu estável a taxa de desemprego oculto em 2,1%.