A pandemia diminuiu em 10% as doações de sangue no Brasil em 2020. O dado foi apresentado pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (14), em lançamento da campanha “Doe sangue regularmente. Com a nossa união, a vida se completa”. Em 2019, foram 3,27 milhões de doações. Já no primeiro ano da Covid-19, no país, foram 2,95 milhões.
A pasta explicou que, mesmo com a queda, não houve desabastecimento por causa de um plano de contingência que remanejou as bolsas entre os estados. No ano passado, foram remanejadas 2.481 bolsas de concentrado de hemácias. Até agora, em 2021, foram 185 bolsas.
Para melhorar a situação neste segundo ano de pandemia, o Ministério da Saúde já investiu quase o mesmo valor do ano todo de 2020. São R$ 1,6 bilhão na Rede Nacional de Serviços de Hematologia e Hemoterapia (Hemorrede). Em 2020, foram R$ 1,8 bilhão.
Entre os estados que mais precisaram do remanejamento de bolsas, estão Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Amapá e Roraima.
Doação durante a pandemia
As doações estão acontecendo com o cadastro e o agendamento, para evitar aglomerações e filas. Todas as informações estão disponíveis nos canais dos hemocentros estaduais.
Entre as dúvidas mais presentes, está em relação ao tempo necessário para doar depois de se vacinar contra a Covid-19. Quem tomou a CoronaVac, do Butantan, precisa esperar 48 horas. Já os que receberam a AstraZeneca, da Fiocruz, ou a Pfizer, podem fazer a doação depois de 7 dias.
Cada bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas.