Você já teve ou soube de alguém que teve embolia pulmonar? Já ouviu falar de trombose do pulmão? Neste episódio o Dr. Alexandre Amaral dá mais detalhes sobre o assunto.

O termo TEP significa Embolia Pulmonar ou Tromboembolismo Pulmonar, que é quando um coágulo para na circulação pulmonar e bloqueia o fluxo do sangue de um ou mais vasos para os pulmões. Em alguns indivíduos que possuem alguns fatores de risco específicos, ou após um evento que possa ter incentivado, coágulos podem se formar dentro dos vasos sanguíneos e impedir a passagem do sangue naquele local causando o que chamamos de trombose. Esse trombo (coágulo), pode viajar pela circulação até chegar no coração. Quando sai do local onde é formado e caminha com o sangue, é chamado de tromboembolismo.

A embolia pulmonar ocorre quando esse trombo é formado em alguma parte do corpo, normalmente na perna, causando a trombose nas pernas ou trombose venosa profunda, ele sai da perna e vai pela circulação até chegar no coração e desse contínua até chegar ao pulmão. No pulmão, ele entope o vaso sanguíneo. Na prática, o pulmão acaba funcionando como um grande filtro de coágulos do corpo.

Ao vedar o fluxo de sangue no pulmão, ele acaba prejudicando a oxigenação do sangue e o funcionamento do coração.

5 principais sintomas:

  1. Cansaço ou falta de ar. 
  2. Dor no peito. Pode ser uma dor aguda, como uma pontada, que piora com a inspiração profunda; ou apenas uma sensação de aperto, geralmente no meio do peito.
  3. Tosse, às vezes com sangue. A tosse pode ser seca ou com pequenos rastros de sangue, ou até mesmo com sangramento mais intenso.
  4. Tontura ou desmaio.
  5. Palpitações (indicando que houve aumento da frequência cardíaca).

Esses sintomas costumam ter início súbito, ou seja, se iniciam em poucas horas ou dias, e podem piorar rapidamente.

Fatores de risco para tromboembolismo pulmonar:

  • Idade (quanto mais velho, maior o risco);
  • Já ter tido trombose;
  • Ter diagnóstico de câncer;
  • Tabagismo – o cigarro aumenta a chance de ter trombose;
  • Obesidade;
  • Histórico familiar, ou seja, se você tem algum familiar que já teve trombose ou TEP, seu risco de também ter é maior;
  • Doenças crônicas, como Insuficiência Cardíaca e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC);
  • Medicações, como alguns remédios para o tratamento de câncer e até os contraceptivos orais (pílulas) – mas, antes de você parar de tomar sua pílula, saiba que a gestação pode aumentar ainda mais o risco de TEP.

Como é feito o diagnóstico?

O principal exame para confirmar o diagnóstico é a angiotomografia de artérias pulmonares, um tipo de tomografia de tórax com contraste com um protocolo específico.

Além desse, outros exames como um exame de sangue chamado Dímero-D, cintilografia de inalação e perfusão e ultrassom à beira leito também podem ser usados em substituição à tomografia para auxiliar no diagnóstico em algumas situações específicas.

Uma vez feito o diagnóstico de TEP o que fazer? 

Na maioria das vezes, o paciente fica internado nos primeiros dias, às vezes até na UTI, por sua potencial gravidade. O tratamento normalmente é feito à base de anticoagulantes, que impedem que o trombo já existente fique ainda maior e previne que o paciente tenha um novo trombo.

Para saber mais, assista ao vídeo no canal Dr. Ajuda no Youtube.