O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) reiterou a intenção de greve dos caminhoneiros no dia 1º de fevereiro “por prazo indeterminado” em caso de “esgotamento das vias administrativas de solução” para os problemas apontados pela categoria.
A CNTRC, que afirma representar cerca de 40 mil caminhoneiros, disse que, devido à pandemia da Covid-19, vai manter pelo menos 30% da frota circulando para prestar serviços essenciais, “garantindo o abastecimento com prioridade da quota destinada a circulação dos transportes de combustível, medicamentos, insumos hospitalares, cargas vivas, alimentos perecíveis e afins”.
Na semana passada, José Roberto Stringasci, presidente da Associação Nacional de Transporte no Brasil, uma das organizações que integra o CNTRC, disse que para evitar a greve, a categoria quer que o Supremo Tribunal Federal (STF) marque uma data para julgar a aplicação da tabela de preço mínimo do frete rodoviário e que a Petrobras abandone a política de equiparação dos preços dos combustíveis no Brasil aos do mercado internacional. Stringasci também solicitou uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro, para cobrar promessas, que, segundo ele, não foram cumpridas na última paralisação em 2018.
No entanto, a adesão à greve não é consenso entre os autônomos. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) se posicionou contra. A entidade, que tem representação legal da categoria, entende que, “apesar das dificuldades dos caminhoneiros, este não é o momento ideal para uma paralisação”, considerando a pandemia de coronavírus.