O sonho da casa própria tornou-se realidade para mais de 8,5 mil moradores do Distrito Federal em 2023. São milhares de pessoas atendidas por programas de habitação e que deixaram o aluguel para trás, vindo a ocupar as mais de 2,1 mil unidades habitacionais entregues em 12 meses.

Desde 2019, o GDF liberou 7.225 unidades habitacionais, o que representa moradia a mais de 28 mil pessoas

‌O direito à moradia digna é uma das principais políticas do Governo do Distrito Federal (GDF). Para 2024, cerca de 25 mil unidades habitacionais devem ser lançadas, somando as entregas e as construções por vir. Além disso, o governo planeja criar, por meio da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab-DF), três ou quatro empreendimentos com seis a sete mil moradias, semelhantes ao projeto do Itapoã Parque, o maior do DF, com mais de 12 mil unidades habitacionais.

“Chegaremos a mais de 25 mil moradias lançadas, já com início de obra e com entregas a partir do fim do ano que vem, e aí o DF vai se consolidar como a unidade da federação que mais entregou habitações enquadradas como Áreas de Regularização de Interesse Social (Aris) no Brasil. Hoje o Itapoã Parque é o maior empreendimento e ano que vem soltaremos três ou quatro grandes, desse porte”, detalha o presidente da Codhab, Marcelo Fagundes.

‌Para os próximos meses, há previsão de entrega de 48 apartamentos na Quadra 2 de Sobradinho. A cidade não havia sido atendida com entregas até então e vai abrir o caminho para outras novidades. “Além de Sobradinho estamos indo para o Gama e Santa Maria, ampliando para regiões onde a Codhab não fez entregas. O objetivo é fazer com que as pessoas permaneçam onde elas moram hoje, levar para perto delas e não criar gargalos”, afirma Marcelo Fagundes.

‌Por falar em gargalo, alterações recentes na lei nº 3.877/2006, que trata da política habitacional do DF, vão permitir ao governo ampliar o leque de atendimentos. Profissionais que trabalham no DF há mais de cinco anos e moram no Entorno passam a ser um público da Codhab, assim como quem já teve um imóvel há mais de dez anos e era impedido de participar novamente de programas habitacionais. A alteração na lei de parcelamento do solo também vai auxiliar no barateamento das obras, segundo a Codhab.

São milhares de pessoas atendidas por programas de habitação e que deixaram o aluguel para trás, vindo a ocupar as mais de 2,1 mil unidades habitacionais entregues em 12 meses | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

‌Todo esse conjunto de medidas vai facilitar o acesso aos programas, confirma Marcelo Fagundes. “Há pessoas que não moram no DF por questões financeiras, mas possuem a vida aqui, chegam de manhã e passam o dia no DF, consomem aqui, e retornam à noite para suas cidades. Elas foram expatriadas do DF por questões financeiras e o governador Ibaneis Rocha determinou que essas pessoas voltassem a ter condições de morar aqui”, acrescenta o presidente da Codhab. Sobre a possibilidade de uma pessoa que teve um imóvel há mais de dez anos participar novamente dos processos, Fagundes classificou como a correção de uma injustiça.

‌‌Desde 2019, o GDF liberou 7.225 unidades habitacionais, o que representa moradia a cerca de 28,9 mil pessoas. Deste total, 2.143 chaves foram entregues ao longo de 2023 em empreendimentos como o Itapoã Parque; Residencial Horizonte, no Sol Nascente; Residencial Maria Clara e Residencial Gercina Leopoldina, no Riacho Fundo II; Residencial IBVS, em Samambaia; e Remas 117/118, no Recanto das Emas.

‌“Nós entregamos 2.143 unidades habitacionais em 2023, em cinco cidades diferentes, beneficiando mais de oito mil pessoas. São imóveis prontos, de qualidade, que atendem a população que mais precisa. Temos um olhar para a população de baixa renda e em 2024 teremos centenas de moradias gratuitas a serem entregues no Sol Nascente, mas ainda está em fase de projeto”, conclui.