Extremistas Fulanis e outros terroristas mataram sete cristãos em ataques a duas aldeias no estado de Plateau, Nigéria, na quinta-feira (30). Segundo moradores locais, os agressores atacaram as aldeias de Puka e Dinter no condado de Mangu por volta da 1h, informou Yohanna Markus de Puka.

“Pastores Fulani, junto com um grupo de bandidos, atacaram duas de nossas aldeias, Puka e Dinter, onde mataram sete de nossos aldeões cristãos. Além dos mortos, que incluem cinco homens e uma mulher, muitos outros cristãos ficaram feridos. Eles estão sendo tratados por ferimentos a bala e cortes de facão”, disse um morador.

Segundo Morning Star News, na madrugada de quarta-feira (29), bandidos sequestraram um pastor e dois outros cristãos na aldeia cristã de Raddi, no condado de Bassa. Assim, outro morador aponta que na manhã de quarta-feira, os bandidos atacaram Raddi e sequestraram três vítimas cristãs.

“Os cristãos sequestrados pelos terroristas são o Pastor Bala, 50 anos; Keziya Ayuba, 50 anos; e Sunday Ayuba, 40 anos”, afirmou ele.

Desse modo, os três cristãos foram resgatados naquela mesma noite no estado vizinho de Bauchi, em resposta policial a outra tentativa de sequestro no condado de Toro, relatou a imprensa local. Em 15 de novembro, no condado de Bokkos, criminosos mataram um cristão em Hilltop, um subúrbio da cidade de Bokkos.

Nigéria líder em perseguição

Nesse sentido, o porta-voz do Comando de Polícia do Estado de Plateau, Alfred Alabo, disse que a polícia enviou policiais para as áreas afetadas. A Nigéria liderou o mundo em cristãos mortos por sua fé em 2022, com 5.014, de acordo com o relatório World Watch List (WWL) de 2023 da Open Doors.

Da mesma forma, o país liderou o mundo em cristãos sequestrados (4.726), agredidos sexualmente ou assediados, forçados a se casar ou fisicamente ou mentalmente abusados, e teve o maior número de casas e empresas atacadas por motivos baseados na fé. Assim como no ano anterior, a Nigéria teve o segundo maior número de ataques a igrejas e pessoas deslocadas internamente.

“Militantes dos Fulani, Boko Haram, Província do Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP) e outros realizam ataques a comunidades cristãs, matando, mutilando, estuprando e sequestrando por resgate ou escravidão sexual. Este ano, essa violência também se espalhou para o sul do país, de maioria cristã. O governo da Nigéria continua a negar que isso seja perseguição religiosa”, observou o relatório WWL.