Todas as decisões que tomamos geram consequências, umas de vida curta e outras capazes de sobreviver por gerações.

Não é fato que alguns de nós, por exemplo, somos cristãos pela influência legada pela escolha feita e pela fidelidade vivida por um dos nossos avós?

Decidir é verbo de força, não de fraqueza.

É fraco quem decide por causa da pressão recebida, pressão às vezes discreta, às vezes pública, às vezes esporádica, às vezes persistente, às vezes suave, às vezes violenta.

É fraco quem decide por causa do modismo, seja no vestuário que usa, no restaurante que frequenta, na palavra que profere, na ideologia que repete, no herói que celebra, no filme que vê.

É fraco quem decide por causa do benefício, real ou imaginário, que receberá e pelo qual adere a uma ideia, na expectativa do favor prometido, do voto carecido, do dinheiro oferecido.

Somos fortes quando decidimos depois de ponderar os prós e contras do nosso gesto, para que não colhamos amarguras amanhã.

Somos fortes quando contamos os resultados, doces ou doloridos, que advirão de nossas ações, o que demanda que consideremos a ciência, consultemos nossa consciência e convoquemos nossa experiência.

Somos fortes quando ouvimos opiniões e as conferimos com os mandamentos de Deus, que nunca desembocam em dissabores e remorsos.

Somos fortes quando ouvimos sugestões e agimos com a responsabilidade de quem ama a vida, a nossa, a de nossa família, a de nossos amigos e a de todos quantos pudermos defender.

Sejamos corajosos se, para bem decidirmos, precisarmos resistir.

“Escolhamos para nós o que é direito; conheçamos entre nós o que é bom”. (Jó 34.4)