O território autônomo no noroeste da China, Xinjiang, estabeleceu o “Regulamento sobre a Construção de Segurança Pública”, uma nova medida que entrará em vigor no dia 1º de janeiro de 2022.
Grupos estão alertando sobre a piora da violência aos cristãos. O Bitter Winter enfatizou que a liberdade religiosa e os direitos humanos estão em risco de violação, pois a vigilância do Partido Comunista Chinês (PCCh) será aumentada.
Muitos grupos de minorias étnicas, como os uigures-turcos moram na região de Xinjiang, local de desertos e montanhas. Recentemente 43 países que pertencem à ONU, pediram para que a China respeite os direitos dos uigures, pois eles estão sendo torturados e levados para “campos de reeducação” pelas autoridades comunistas.
O novo regulamento de Xinjiang
De acordo com o documento, é preciso “reprimir e prevenir as forças separatistas étnicas, forças terroristas do mal, forças extremistas religiosas e outras atividades ilegais e criminosas que colocam em risco a segurança nacional”.
Ou seja, qualquer pessoa que desobedecer os “mandamentos comunistas” da China está correndo o risco de travar uma guerra com o governo.
A leitura do novo regulamento aconteceu durante o Congresso do Povo de XUAR (Região Autônoma Uigur de Xinjiang). O Congresso que começou nesta sexta-feira (5) também é conhecido como “Assembleia Nacional Popular”, o mais alto órgão do poder estatal e legislativo do PCCh.
Uma das prioridades da nova lei é o “controle de atividades religiosas ilegais”, isto é, qualquer igreja que não seja vinculada ao PCCh, deve ser combatida. Além disso, as autoridades farão uso de inteligência artificial e câmeras de vídeos para controlar a população.