“É o resgate da arborização que foi perdida ao longo dos anos e trouxe prejuízos e desconforto para a população”
Rodrigo Caverna, coordenador do Polo Central Adjacente II do GDF Presente
Um corredor verde com cerca de 3 mil árvores nativas do cerrado começa a ser criado dos dois lados da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), que liga o Catetinho ao Balão do Aeroporto, no Park Way. A vegetação, formada por mudas doadas pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e pelo viveiro comunitário da região, vai ajudar a reduzir a poluição sonora da rodovia que chega às residências.
A iniciativa faz parte de uma mobilização das equipes do GDF Presente e da Administração Regional do Park Way. Ao todo, são 5 km de extensão que passam pelas quadras 26, 27 e 28, de um lado da pista, e 7, 8 e 12, do outro. “A valorização ambiental é uma das nossas prioridades e vai ao encontro dessa redução do barulho de carros que vem da rodovia e incomoda os moradores”, explica o administrador da cidade, Maurício Tomaz.
“A demanda pelo reflorestamento é antiga; há mais de dez anos vimos pedindo, mas só agora fomos atendidos”
Marcelino Cruz, morador do Park Way
Até segunda-feira (22), já haviam sido plantadas 1,3 mil mudas de espécies, como ipê-branco, ipê-roxo, ipê-rosa, ipê-de-jardim, pajeú, aroeira, saboneteira, amendoim-bravo, oiti, embaúba, jatobá, ingá-de-metro, araçá-do-cerrado, pata-de-vaca, landim e mogno.
Para o coordenador do Polo Central Adjacente II do GDF Presente, responsável por atender o Park Way, Rodrigo Caverna, o trabalho desenvolvido pelo Governo do Distrito Federal (GDF) tem um significado, antes de tudo, ambiental. “É o resgate da arborização que foi perdida ao longo dos anos e trouxe prejuízos e desconforto para a população”, aponta.
Reflorestamento
O gestor público e professor de artes Marcelino Cruz, de 58 anos, é uma das pessoas que sofrem com a falta do bloqueio acústico. Ele mora no Park Way desde 1994 e acompanhou todo o processo de derrubada de árvores para alargamento das pistas da Epia. “A demanda pelo reflorestamento é antiga; há mais de dez anos vimos pedindo, mas só agora fomos atendidos”, conta. “É uma ação muito legal e que requer manutenção”.
Morador da Quadra 7 do Park Way, o aposentado José Antônio decidiu colocar a mão na massa e plantar algumas árvores próximo à sua casa. O compromisso dele é ajudar no cuidado com as plantas enquanto elas ainda estiverem em processo de crescimento. “Vamos conservar isso aqui, regando e colocando adubo desde cedo para que tudo floresça e fique bonito”, afirma.