A Petrobras não está dando trégua ao bolso dos consumidores. A empresa anunciou, nesta nesta segunda-feira (08/03), mais um aumento nos preços dos combustíveis. O reajuste da gasolina será de 8,8% e o do diesel, de 5,5%. A nova tabelará entra em vigor na terça-feira (09/03).

Este é o sexto aumento da gasolina neste ano e o quinto do diesel em 2020. Os preços da gasolina nas refinarias da Petrobras acumulam alta de 53% e o do diesel, de 40%. A correção das tabelas dos combustíveis acontece antes de Roberto Castello Branco deixar a presidência da Petrobras. Ele foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro.

Segundo o presidente da presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis-DF), Paulo Tavares, é possível que, em alguns postos da capital do país, a gasolina passe dos R$ 6 nas bombas. Tudo dependerá do repasse das distribuidoras aos postos.

“É possível que o litro da gasolina chegue, sim, aos R$ 6, em alguns postos. Depende do quanto a distribuidoras vão repassar aos postos, se todo o aumento anunciando pela Petrobras ou mais. Temos que lembrar que a gasolina comum contém 27% de etanol, que também aumentou. Amanhã (terça-feira) saberemos os preços das distribuidoras”, frisa Tavares. “É preciso dizer, no entanto, que o preço é livre e que cada revendedor decide seu preço. O sindicato não determina e nem propõe margem ou preço de bomba.”

De acordo com a Petrobras, o litro da gasolina nas refinarias passará a custar, em média, R$ 2,84, ou R$ 0,23 a mais do que o valor vigente até esta segunda. O diesel será vendido por R$ 2,86 por litro, com alta de R$ 0,15 por litro. O reajuste reflete o aumento da cotação do petróleo no mercado internacional e a disparada do dólar.

“Os preços praticados pela Petrobras, e suas variações para mais ou para menos, associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio, têm influência limitada sobre os preços percebidos pelos consumidores finais”, ressalta a empresa em nota.

Para a petroleira, “é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às regiões brasileiras”. É essa política de preços que está no alvo de Bolsonaro.

Na tentativa de mudá-la, ele indicou o general Joaquim Luna e Silva para o lugar de Castello Branco, cujo mandato vai até 20 de março.