“As temperaturas vão ficar na parte da manhã entre 11ºC e 14ºC. É a estação mais seca porque começa a diminuir a umidade. Em agosto, pode cair a 15%”, detalhou a meteorologista do Inmet Andrea Ramos

O inverno 2024 — que começará oficialmente amanhã, às 17h51 — virá com uma drástica diminuição de chuvas no DF. Consequentemente, essa situação contribuirá para uma significativa redução da umidade no ar, fenômeno que começou a ser sentido na região em maio. As previsões são do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que ainda projetou manhãs bastante frias, variando entre 11°C e 14°C, diariamente. Segunda-feira, por exemplo, registrou a madrugada mais fria do ano, até agora, em Planaltina: 7,5°C.

Essas baixas de temperatura, que também são percebidas à noite, têm feito os brasilienses tirarem os agasalhos das gavetas. Já as pessoas em situação de rua, que não contam com peças de vestuário adequadas para se aquecer, receberam atenção do Executivo local, que abriu um centro esportivo público na Asa Sul onde elas podem passar a noite. Além disso, os menos favorecidos economicamente ainda contam com as tradicionais campanhas solidárias.

“As temperaturas vão ficar na parte da manhã entre 11ºC e 14ºC. É a estação mais seca porque começa a diminuir a umidade. Em agosto, pode cair a 15%”, detalhou a meteorologista do Inmet Andrea Ramos sobre o inverno que o DF atravessará e que trará outros inconvenientes.

Seca

Uma nota técnica elaborada pelo órgão junto ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) ressaltou que a redução das chuvas em grande parte do país, nesta época, ocorre devido à persistência de massas de ar seco. Isso favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, além de doenças respiratórias.

A baixa umidade relativa do ar foi alertada pelo instituto como “perigo potencial”. O aviso — que começa a valer às 11h de hoje e terminará oito horas depois — indica que a redução irá variar entre 30% e 20%.

Preparação

Os brasilienses se preparam como podem para encarar o período gelado na capital. A assistente social Luísa Fernandes, 25 anos, diz não gostar do frio, mas, mesmo assim, ela se antecipa nas compras de vestimentas apropriadas para o clima. “Eu me programo e sempre compro essas peças no começo do ano, porque agora as lojas encarecem tudo”, ressaltou.

“No inverno, tenho gastos com roupas. Também é ruim para quem sofre com rinite, sinusite, que pode piorar”, declarou ao Correio o cozinheiro Roberto Lima, 47, que não descartou despesas médicas durante o período. 

Proteção

Já quem não dispõe de recursos financeiros e nem de um teto para se proteger, desde segunda-feira, poderá contar com o abrigo do Centro Integrado de Educação Física, na Asa Sul. O Governo do Distrito Federal preparou esse espaço público para receber pessoas em situação de vulnerabilidade e protegê-las das baixas temperaturas à noite. Ao todo, o ginásio terá capacidade para 100 pessoas. Lá elas terão, gratuitamente, colchão, travesseiro, cobertor, kit de higiene e duas refeições: jantar e café da manhã.

“O abrigo funcionará das 19h às 7h, todos os dias da semana, enquanto perdurar o alerta de baixas temperaturas. A ideia é garantir a proteção das pessoas mais vulneráveis aos efeitos do intenso frio que temos enfrentado”, escreveu o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), nas redes sociais.

Fonte: https://www.correiobraziliense.com.br