No dia 3 de janeiro, suspeitos terroristas Fulani mataram 41 cristãos e sequestraram outros em dois condados no sul do estado de Kaduna, Nigéria. Os agressores atacaram as aldeias de Dokan Karji, Ungwan Sako e Kunkurai na região de Dawaki, e a aldeia de Gefe no condado de Kajuru.
“Os ataques em Kauru tiraram a vida de 17 cristãos, e os de Kajuru tiraram a vida de 24 cristãos”, disse um residente local.
Além disso, outro residente, Samaila Musa, relatou que os terroristasa armados invadiram as comunidades, matando crianças, mulheres, homens e idosos que não conseguiram escapar dos agressores.
Segundo Morning Star News, o Rev. Joseph John Hayab, presidente da Associação Cristã da Nigéria (CAN) no estado de Kaduna, afirmou em comunicado que esses ataques são obra de bandidos e terroristas que têm “atacado nossas comunidades sem descanso”.
“Apelamos ao governador do estado de Kaduna e às agências de segurança da Nigéria para não relaxar, mas garantir que esses malfeitores sejam levados a enfrentar a ira das leis do nosso país”, acrescentou Hayab.
Alerta para a Perseguição na Nigéria
Nesse sentido, a polícia confirmou os ataques e disse que os oficiais estão fazendo esforços para contê-los. A população local pede por mais segurança e ação governamental. A Nigéria liderou o mundo em cristãos mortos por sua fé em 2022, com 5.014 vítimas, segundo um relatório da Open Doors.
Enquanto isso, o país registrou o maior número de cristãos sequestrados, sexualmente agredidos, casamentos forçados e ataques a residências e empresas por motivos religiosos. O relatório destaca que a violência contra os cristãos se expandiu para o sul, de maioria cristã. Nigeria pulou para o sexto lugar no World Watch List de 2023, que classifica os países onde é mais difícil ser cristão.
Assim, os Fulani, predominantemente muçulmanos, compõem uma população de milhões na Nigéria e na região do Sahel. Apesar de muitos não aderirem a visões extremistas, alguns seguem ideologia radical islâmica, alvejando cristãos e símbolos cristãos. Líderes cristãos acreditam que os ataques visam tomar à força terras de cristãos e impor o islamismo.