Cadastro de Empregabilidade já posicionou 200 pessoas com deficiência no mercado de trabalho

Projeto da Secretaria da Pessoa com Deficiência direciona público a vagas de emprego; empresas interessadas em contratar também podem procurar a pasta

Em um ano e meio, a iniciativa conseguiu posicionar mais de 200 profissionais no mercado de trabalho de um total de quatro mil candidatos cadastrados e aproximadamente 100 empresas parceiras | Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília

A busca por emprego pode ser um processo árduo para quem está desempregado. E ele é ainda pior para pessoas com deficiência. Foi pensando em ajudar esse público que a Secretaria da Pessoa com Deficiência (SEPD) criou o Cadastro de Empregabilidade. Em um ano e meio, a iniciativa conseguiu posicionar mais de 200 profissionais no mercado de trabalho de um total de quatro mil candidatos cadastrados e aproximadamente 100 empresas parceiras.

“Acreditamos que uma das pautas para garantir uma inclusão eficiente é a empregabilidade. Precisamos mostrar para as pessoas que é possível desde que elas se conectem com a política pública. Elas não podem ter medo, porque a partir do momento que você opta por receber um benefício de prestação continuada, que é o BPC, ele não gera para você um décimo terceiro, não te dá oportunidade de você financiar um imóvel ou um carro. Então, a porta de entrada para o protagonismo é o emprego”, destaca o secretário da Pessoa com Deficiência, Willian Ferreira da Cunha.

Recentemente, a secretaria assinou um acordo de cooperação técnica com o Senac para formar as pessoas antes de encaminhá-las ao mercado de trabalho. “Também estamos formatando um acordo de cooperação técnica com o Sebrae pensando no empreendedorismo”, adianta o secretário da Pessoa com Deficiência.

O programa também conta com uma ação de monitoramento. “Depois de 90 dias, perguntamos a empresa e a pessoa com deficiência para saber como está sendo a abordagem. Nesta ação, reunimos as dores e tentamos sempre buscar estratégias para viabilizar a melhoria dos acessos. Porque garantir a vaga de emprego não é o fim, é o ponto de partida de uma inclusão eficiente. Nós temos regras arquitetônicas que garantem a acessibilidade estrutural, mas a atitudinal você só garante a partir do diálogo vivo”, acrescenta Cunha.

Foi graças ao projeto que Tatiane Rocha, 49 anos, conseguiu voltar ao mercado de trabalho, no começo de setembro. “Fiquei sabendo do Cadastro quando fui atualizar meu Passe Livre”, lembra. Após três entrevistas, ela foi selecionada para um posto de assistente administrativa: “O caminho foi tranquilo e rápido, me senti bem acolhida até conquistar a tão almejada vaga. Só tenho a agradecer à equipe. Valeu a pena.”

Já Fernanda Sousa, 37, espera ter o mesmo desfecho — que, aliás, já viveu. “Eu sabia como entrava, inclusive já tive um emprego [pelo Cadastro]. Mas decidi voltar porque fiquei desempregada de novo”, pontua. Até o momento, ela participou de uma entrevista, para uma vaga de agente escolar. “Saí de lá confiante”, relata. Com tudo isso, Fernanda é só elogios ao programa: “Ajuda não só a mim, mas muitas pessoas que precisam desse auxílio, porque a inclusão é um direito de todos e dever do Estado”.

Fonte: https://www.agenciabrasilia.df.gov.b